segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

refluxo

as lágrimas que antes no peito, sobem à garganta.
as veias latentes por dentro distrubuem a angustia.
as faces disformes formando o teu rosto.

no escuro, tua sombra.
no vento, tua voz.
no peito, teu toque.
na alma, tua eternidade.

as horas que param e me desarmam.
as coisas não ditas brotam dos olhos.
as calmas que abandonam a alma.
a alma que me abandona por horas...

as horas que não te tive,
as coisas que não vivemos,
as vidas que não moldamos,
o fim do nosso tempo.

o choro, o tato, a voz, o tempo...
tornam-se pó!

2 comentários:

Suerlandra Pontes disse...

Me lembrou uma música dos Engenheiros: "pergunte ao pó, desça ao porão, siga aquele carro ou as pegadas que deixei. Hpa um mapa dos meus casos nos pedaços que deixei..." (Ando Só - Engenheiros do Hawaii)

Love you môbem ;*

Dani Falcão disse...

amor, lindo! mas dói só de ler!