domingo, 25 de outubro de 2009

talvez

Às vezes penso que não sei pensar em nada; que o que eu sinto grita, cega e, muitas vezes, corta.
A avidez do meu peito corta meu ar; a pálpebra cortando a lágrima; a lágrima gritando nomes e a falta de rumo, os rumos que não arrisco.
E o que eu calo falo pra madrugada - ouvinte que não afaga. Calo meus olhos e continuo aflito. Quietamente angustiado.
...
Talvez o rumo não valha à pena.
Talvez o tempo seja pequeno.
Talvez eu entenda o final...

Talvez eu fale e vire meu mundo.
Talvez eu cale e ouça o tempo afiando suas lâminas.
Talvez desande, me sente e finja abstrair...
_____________________
porque sambar no fogo cruzado é para poucos