Dai-me do peito não a cura, mas a água que me mata a sede;
Dai-me também mais sede.
Dai-me o que nutre o solo desse meu deserto impenetrável;
Dai-me o que nutre a vida do meu único trevo que fácil resseca.
Dai-me forças,
Dai-me flores.
Dai-me o que me faz insensato, o que me cega, o que me desentende.
Desorienta-me.
Dai-me o que chorar a noite,
Dai-me o que gozar a dois,
Dai-me o que correr nas veias.
Dai-me veias.
As alheias.
Marcus Danilo Moreira
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