Ausento-me de mim mesmo, adentrando na névoa densa da incerteza. Vagante, pelo medo e pela angústia, transponho-me. Ponho-me ébrio, cego, disforme.
Desencontro os olhares para esconder minh’alma indigna de qualquer forma de admiração. Escavo meu ser tentando me encontrar, à mercê de qualquer tormenta. Não me tenho.
Talvez me encontre noutro ser. Noutra realidade capaz de apontar-me um norte e saciar uma alma sedenta de sensações, ávida de ar, de mar, amar.
Giraram-me a rosa-dos-ventos.
Marcus Danilo Moreira
3 comentários:
=~~
Bastante legal!
Ele fala de que? ;~D
Lindo, Danilo... Eu entendo essa história de não se ter... e querer se perder no outro... mas como? Se sequer temos a nós mesmos... beijos!
Sim, vc diz: giraram-me a rosa dos ventos... eu digo: tiraram-me ou arrancaram-me... mais drama ainda. Sou eu.
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